Foi isso que socorristas encontraram ao chegar até Juliana Marins em vulcão…”Estava co…Ver Mais

 




Juliana Marins tinha 28 anos e um sonho na mochila. Desde fevereiro, ela viajava sozinha pela Ásia, desbravando culturas, paisagens e experiências, tudo registrado com alegria em suas redes sociais.

Natural de Niterói (RJ), ela era dançarina de pole dance e apaixonada por liberdade, natureza e autoconhecimento. O mochilão era seu grande projeto de vida – uma aventura planejada com carinho e coragem.

Mas, infelizmente, o roteiro mudou drasticamente no último fim de semana.

Na manhã do sábado, 21 de junho, Juliana se aventurava em uma trilha no Monte Rinjani, um dos pontos mais altos da Indonésia, com mais de 3.700 metros de altitude. Durante o percurso, sofreu uma queda e desapareceu.

A partir daí, começou uma corrida contra o tempo. Amigos, seguidores e autoridades locais se mobilizaram, mas o resgate se mostrou um verdadeiro desafio.

Buscas dificultadas e angústia nas redes

Os dias seguintes foram marcados por uma operação delicada e tensa. A região onde Juliana caiu era extremamente íngreme, com penhascos e vegetação fechada. Para piorar, o tempo não ajudava: neblina densa, vento forte, terreno escorregadio e até a limitação de cordas adequadas para a altura dificultavam o avanço dos socorristas.

Helicópteros chegaram a ser acionados, mas as condições climáticas impediram os voos. Em um dado momento, Juliana foi localizada com a ajuda de um drone – o que trouxe esperança –, mas ainda assim, ninguém conseguia alcançá-la.

Durante esses dias, o nome de Juliana viralizou entre brasileiros no exterior e aqui no Brasil. Perfis públicos, páginas de viagens e influenciadores pediram apoio e oração.

A sensação era de impotência e solidariedade coletiva. Todo mundo torcia por um milagre.

Confirmação da morte e luto compartilhado

Na manhã desta terça-feira, 24 de junho, veio a notícia que ninguém queria ler: Juliana foi encontrada sem vida. A equipe de resgate conseguiu, finalmente, chegar ao local onde ela estava – cerca de 500 metros abaixo da trilha principal, numa área quase inacessível.

A família comunicou a confirmação da morte pelas redes sociais, num texto emocionado e respeitoso. “Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu”, dizia a publicação.

O pai da jovem, Manoel Marins Filho, chegou a tentar acompanhar o resgate presencialmente.

Saiu do Brasil, mas foi barrado em Lisboa devido ao fechamento do espaço aéreo do Catar, o que o impediu de chegar a tempo na Indonésia. Agora, ele e a família buscam apoio para repatriar o corpo da filha e prestar uma última homenagem digna.

Um adeus que tocou o Brasil

A morte de Juliana gerou comoção não apenas pelo trágico desfecho, mas pelo simbolismo de sua história.

Uma jovem sonhadora, aventureira, cheia de vida e amor pela liberdade, que enfrentou sozinha as dificuldades de um mundo desconhecido. Sua história virou um lembrete doloroso dos riscos que acompanham a beleza de explorar o mundo.

Que Juliana Marins seja lembrada não pelo fim trágico, mas pela coragem de viver intensamente, mesmo que por pouco tempo.