Segundo especialistas em Direito de Família e Sucessões, como Preta era solteira e não tinha uma união estável formalmente reconhecida, somente Francisco é considerado herdeiro legítimo dos bens materiais e imateriais da mãe.
A herança de Preta Gil envolve mais do que imóveis, objetos pessoais e contas bancárias. Inclui também bens digitais e direitos autorais. A cantora tinha participação na empresa de marketing de influência Mynd, além de contratos com marcas, suas redes sociais com valor comercial e toda a sua discografia, que continua gerando renda mesmo após sua morte.
Apesar de o Brasil ainda não ter uma lei específica sobre a sucessão de bens digitais, o Código Civil permite que bens com valor econômico, mesmo que sejam intangíveis, façam parte do patrimônio herdado. Isso quer dizer que todos os ganhos provenientes de imagem, músicas, presença em redes sociais e parcerias comerciais passam a pertencer a Francisco.
Quanto ao testamento, a única situação em que algo diferente acontece é se Preta tiver deixado um documento indicando que parte de seus bens deve ser destinada a outras pessoas. Se não houver esse documento, o filho herda tudo, ou seja, 100% do patrimônio. Segundo a advogada Aline Avelar, ele não só recebe os bens físicos, mas também tem direito às receitas futuras e às responsabilidades ligadas ao nome e à marca da mãe.
A sucessão de artistas costuma envolver questões delicadas relacionadas à propriedade intelectual e à gestão da imagem. No caso da Preta Gil, seu legado, tanto artístico quanto digital, deve continuar fazendo sucesso e gerando renda, agora sob o cuidado do filho, que também é cantor e está seguindo os passos da mãe na carreira musical.