Mesmo após os garis pedirem que ele seguisse seu caminho, Renê Júnior desceu do veículo armado e, com frieza, disparou contra Laudemir. O colega Tiago Rodrigues, que presenciou tudo, relatou que tentou acalmar a vítima e ficou ao seu lado até a chegada do socorro. Laudemir foi levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu aos ferimentos.
Quem era Laudemir de Souza Fernandes?
Laudemir era conhecido por sua dedicação ao trabalho e carinho com a família. Funcionário da Localix Serviços Ambientais há nove anos, ele estava prestes a ser promovido para atuar na portaria da empresa, mas preferia continuar nas ruas, onde se sentia realizado.
Pai de uma adolescente de 15 anos, Laudemir vivia com a companheira Liliane França e a enteada Jéssica. Era descrito como um homem protetor, carinhoso e apaixonado pela profissão. “Ele saía todos os dias dizendo que voltaria para casa. Dessa vez, não voltou”, lamentou a viúva.
Clamor por justiça
A morte de Laudemir gerou comoção e revolta. Familiares, colegas e moradores da região exigem justiça e responsabilização do autor do crime. “Não é porque o homem tem dinheiro que pode fazer o que quer. É uma vida, uma pessoa, um ser humano”, declarou Tiago Rodrigues, colega de trabalho da vítima.
A empresa Localix também se pronunciou, classificando o crime como um “ato de violência injustificável” e prestando solidariedade à família.
Enquanto o processo judicial segue, a memória de Laudemir permanece viva como símbolo de dignidade, trabalho e humanidade. Que sua história inspire mudanças e que sua morte não seja em vão.