Foi confirmado: 17 anos após crime, Alexandre Nardoni vai a super mercado e acaba sendo… Ver mais



O nome “Nardoni” voltou a ocupar espaço nos noticiários brasileiros, trazendo à tona memórias de um dos crimes mais chocantes da história recente do país. Em 2008, o Brasil acompanhou com atenção e revolta cada capítulo da investigação e do julgamento que condenou Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá pela morte da pequena Isabella.

Com apenas cinco anos de idade. A tragédia, que comoveu milhões e gerou ampla cobertura da imprensa, agora ganha um novo capítulo: imagens divulgadas pelo programa Cidade Alerta, da Record TV, mostram o casal circulando novamente juntos pelas ruas de São Paulo, após cumprirem parte de suas penas.

Segundo a reportagem, Alexandre e Anna Carolina foram flagrados em comércios da região de Santana, zona norte da capital paulista. O fato de estarem lado a lado reacendeu o debate sobre o sistema penal brasileiro e a possibilidade de reintegração à sociedade de condenados por crimes de grande repercussão. 

Para muitos, ver os protagonistas de um caso que simbolizou a violência doméstica e a quebra de confiança no núcleo familiar andando livremente em público é motivo de indignação e perplexidade.

A repercussão foi imediata, sobretudo entre aqueles que acompanharam de perto o drama da mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira. Em entrevista à emissora, ela descreveu o impacto de se deparar com a notícia. “Eu, enquanto mãe, enquanto família, acho de um absurdo tamanho maior. A gente não consegue nem descrever o sentimento que tem quando vê esse tipo de cena”, desabafou. As imagens, segundo ela, reabrem feridas profundas e trazem de volta a dor de um crime que, embora julgado e condenado, jamais deixará de marcar a vida de quem perdeu a criança.

A cronologia do caso é lembrada até hoje. Em março de 2010, após um julgamento amplamente divulgado, Alexandre foi condenado a 30 anos de prisão e Anna Carolina a 26 anos, ambos por homicídio triplamente qualificado e fraude processual.

Durante o processo, ela retirou o sobrenome do marido, e o relacionamento parecia encerrado. Entretanto, informações recentes, reforçadas pelo apresentador e delegado aposentado Jorge Lordello, indicam que o casal teria reatado no início deste ano, reacendendo a curiosidade e o desconforto da opinião pública.

Alexandre passou 16 anos preso na Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo, antes de conseguir, por meio de decisão judicial, o direito de cumprir o restante da pena em liberdade. Anna Carolina, por sua vez, também progrediu de regime e passou a ter mais flexibilidade para circular fora do presídio.

O reencontro dos dois, no entanto, levanta questionamentos sobre como a justiça lida com casos emblemáticos e se a reintegração social deve ser pautada apenas pelo cumprimento formal da pena, sem considerar o peso da memória coletiva.

Além de Isabella, Alexandre é pai de outros dois filhos com Anna Carolina Jatobá, hoje com 18 e 20 anos de idade. O destino desses jovens, que cresceram longe da mãe e com o pai encarcerado, é mais um ponto sensível na narrativa desse caso.

Embora juridicamente Alexandre e Anna Carolina tenham cumprido os requisitos para progredir de regime, a lembrança da noite de 29 de março de 2008 — quando Isabella perdeu a vida de forma trágica — continua viva na memória coletiva. Para muitos, o que aconteceu em Santana não é apenas uma coincidência ou um registro trivial: é a prova de que, mesmo anos depois, certas histórias jamais deixam de provocar dor, indignação e debate sobre o que significa, de fato, justiça.